IDEOLOGIA DA ILUSÃO

O presente estudo busca o entendimento dos efeitos do engano, dos formatos de manipulação, que criando desejos vinculados a processos de desarmonias cognitivas inseridos sobre o comportamento humano, rompe com a ética e com procedimentos morais, porque o resultado concebido é causado pela ausência de conhecimento.
A reflexão sobre o estado da arte, foi todo estruturado no domínio do comportamento humano, por se entender que se encontra inserido na construção de causas e efeitos, influindo sobre os redutos da cultura, ou seja, as tradições, as crenças, os valores, os hábitos, os costumes, os efeitos de uma religiosidade, os fundamentos das leis e, ainda, sem desconsider-se as possibilidades de conflitos de interesses, a fim de que ideologias não sejam levadas em conta nas argumentações e interpretações.
Por intermédio da aplicação de disfarces, a ideologia passa a legitimar a exploração e a dominação do falso por verdadeiro, do injusto por justo, criando conteúdos imaginários com expressão de realidade, conduzindo silenciosamente o indivíduo à confusão do sentimento de identidade social.
Esses paradigmas conduzirão o leitor a compreenção do juizo de valor, ao trazer o sentido de convencimento posicionado nos conceitos de Juízo interpretado por Immanuel Kant. Para tanto, constatou-se que hábitos e costumes (a cultura) afetam a sociedade de consumo, predispondo o indivíduo ao engano. Detectou-se, por sua vez, a perda da identidade cultural que passou a estar presa as regras estabelecidas pela sociedade mundializada. A persuasão como instrumento natural do convencimento, passou a impactar, em suas ações, processos ideológicos, como instrumento de conivência. Diante de toda essa congruência racional, encontram-se amparadas pela junção entre a neurociência e o marketing, a criação do Neuromarketing, um instrumento que se vale de conhecimentos científicos associados à neurociência comportamental e cognitiva, impondo novos mecanismos sobre o ato de persuadir, sobre a defesa do consumidor.