THOMAS HOBBES E A INSTRUMENTALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE ARISTÓTELES NA IDADE MODERNA

A presente pesquisa pretende, por meio de seu objetivo, “analisar a instrumentalização de A Política de Aristóteles por Thomas Hobbes”, investigar os dispositivos de instrumentalização utilizados por Hobbes, filósofo inglês de Malmesbury, ao escrever a sua obra política O Leviatã entre os anos de 1649 a 1651 (ano de publicação na Inglaterra). O interesse desta dissertação pela obra política de Hobbes está relacionado pelo fator de tal obra ser formulada diante de um contexto de instabilidades ocorridos na Inglaterra, entre os anos de 1640 a 1649, conhecido como a Guerra Civil Inglesa da década de 1640, e em outros termos “A Revolução Puritana”. Este contexto histórico implica também na formulação de importantes obras políticas do filósofo de Malmesbury, a que se refere a Os Elementos (1640), Do Cidadão (1642) e O Leviatã (1651). Como se pode perceber, Hobbes é um escritor que se preocupa com a estruturação política da Inglaterra, pois os moldes políticos tradicionais, vindouros da tradição cristã e escolásticos, estavam em ruínas mediante a terrível revolução ocasionada em sua época. O modo de Hobbes recepcionar os escritos aristotélicos e contorná-los, por meio de uma instrumentalização crítica, é uma forma de tentar sanar a crise política de sua amada Inglaterra. Em suma, os estudos desta pesquisa norteiam-se pela via da instrumentalização política em Hobbes e, dessa forma, analisa-se o contexto histórico do filósofo inglês para melhor conhecer o trabalho desse escritor do século XVII.
Palavras-chave: Poder; Instrumentalização;