Autor(a): Vagner Vieira
Demais Colaboradores: Prefácio: Barata Cichetto
Saiba mais sobre o(a) autor(a): uiclap.bio/vagnervieira
Tangenciando o Azul
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Sinopse
A Poesia Esquizofrenética de Vagner Vieira
A “esquizofrenia” é um “problema funcional do cérebro caracterizado pela fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, e pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas, afetando os processos cognitivos, com efeitos e repercutindo no comportamento e nas emoções”.
Já quando buscamos o significado para “frenético”, encontramos: “intenso, agitado, em que há excitação, inquieto”; sinônimos que esbarram nos de “frenesi”, que seria um degrau acima, uma exacerbação.
Mas antes de eu explicar o porquê de eu ter começado este prefácio com conceitos e etimologia, preciso falar um pouco sobre quem é o autor: Vagner de Souza Vieira, nascido e criado em Três Lagoas, MS. tem 31 anos e escreve desde os 15, se considera um amante da natureza, do existencialismo e da complexidade das relações humanas. Espiritualista, acredita (ou melhor, duvida) se seus poemas vêm de vivência, da imaginação ou são “soprados” no meu inconsciente.
“Tangenciando o Azul” é o terceiro livro dele que edito, e que reúne os dois primeiros, “Luneta de Envergar Silêncios” de 2020 e “No Labirinto Do Casulo”, de 2022. A eles aqui se integram 44 novos e inéditos poemas.
Neste ponto devo acrescentar que me senti muito honrado pelo convite que o Vagner me fez para prefaciar este volume. Honestamente não me julgo alguém que possa avalizar um trabalho poético, mesmo porque mesmo estando na estrada esburacada e perigosa da poesia há mais de cinquenta anos, nunca fui um autor reconhecido, sendo apenas minimamente conhecido. Ademais, analisar poesia é uma coisa muito complicada de se fazer, porque mais que a prosa, que é objetiva, ela, a poesia, é absoluta e totalmente subjetiva. Ou seja, o que pode tocar profundamente a um, nem resvalar na emoção do outro. Foi-se o tempo em que analisava poesia baseado na rima e na métrica. Aprendemos que Poesia não é técnica, nem estética: é frenesi, êxtase… Esquizofrenia.
Essencialmente melancólica, sobremaneira tratando de sombras, fantasmas e solidão, a poesia de Vieira oscila entre a mais pura esquizofrenia refletida em versos como, logo no poema que abre o livro: “Tudo que não cabe no vocabulário doente das mentes sãs. / Caberá como um romance minutário no instante pestanejar do maluco.” A para além disso, o que sobressai é justamente o tom frenético com que ele escreve sua poesia. Tão frenético que não abre nenhuma brecha a rodeios e verborragia. Exemplo disso é, em “Reflexões Sobre Um Velho Vazio”, onde ele escreve: “Tudo que não cabe no vocabulário doente das mentes sãs. / Caberá como um romance minutário no instante pestanejar do maluco.”
Outra coisa a ser notada, e que demonstra a criatividade do autor, é a facilidade com que cria e insere em sua poesia palavras por ele inventadas, e que no livro são grafadas em itálico. Palavras como: “tecelemos”, “fosfacióides”, “joiar”, “agorizar” e “vantageio” se misturam em meio aos versos, de forma que o leitor compreende totalmente o sentido delas em meio ao texto.
Creio que agora o leitor compreende o título que dei a este prefácio: “A Poesia Esquizofrenética de Vagner Vieira”.
Enfim, a poética desse matogrossense do sul é puro frenesi, delírio, desvario, tresvario e, porque não, arrebatamento.
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Barata Cichetto, tem 66 anos, mora em Araraquara, SP, e é poeta, escritor, editor e criador do site Agulha.xyz.
Informações adicionais
Peso | 0,2142378 kg |
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Dimensões | 14,7 × 21 × 0,88 cm |
Nº Páginas | 156 |
Capa | Brilho, COM orelha |
Data da Publicação | 22/05/2024 |
Impressão | Preto e Branco (Papel Avena / Pólen) |
Tamanho | |
Editora | |
Autor(a) | |
Outros Colaboradores | |
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