DESPERSONALIZAÇÃO DE BURNOUT NO DOCENTE DE ENSINO SUPERIOR PÓS-MODERNO

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Autor(a): Antonio André Jarsen Pereira

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Sinopse

Evidentemente que o início do processo Educação no Brasil se iniciou no Período Colonial e passou por diversas modificações políticas, sociais, culturais e econômicas. O docente pós-moderno está exposto as grandes exigências da vida moderna que expõem o profissional às situações de conflitos emocionais que podem torná-los mais vulneráveis aos transtornos mentais e comportamentais como a Síndrome Burnout. Atualmente há um crescente número de estudos que apresentam dados sobre a prevalência, etiologia e dimensões da personalidade de Burnout.
A importância dada ao trabalho somada a dedicação média de 8 horas diárias – mais de 1/3 do dia durante mais de 30 anos ao longo da vida, aumenta a predisposição do indivíduo sofrer algum tipo de pressão relacionada ao estado emocional de forma constante, podendo desenvolver uma série de repercussões que sinalizam perigo a saúde física e mental. As demandas nas exigências necessitam de ajustes adaptativos e persistentes para as situações de conflito, a fim de estabilizar a relação emocional, caso contrário o indivíduo se encontra mais vulnerável ao estresse patológico (BALLONE, 2002).
O trabalho nem sempre possibilita o crescimento, reconhecimento e independência profissional, pois muitas vezes causa problemas de insatisfação, desinteresse, irritação e exaustão. No entanto, a palavra estresse quer dizer pressão, tensão ou insistência, portanto estar estressado quer dizer estar sob pressão ou estar sob a ação de estímulo insistente (SOUZA, 1997).
O docente no exercício profissional da sua atividade encontra-se inserido em vários fatores psicossociais estressores relacionados à natureza de suas funções interligadas ao contexto institucional. O desequilíbrio na saúde profissional gera consequências na qualidade dos serviços prestados e nível de produtividade, reduzindo os lucros e aumentando os custos empresariais. Estes fatores quando se apresentam de forma e persistente, vinculado a situações de trabalhos que envolvem pessoas no contexto emocional por longos tempos, podem levar à Síndrome de Burnout (CARLOTTO, 2002).
De acordo com Ballone, 2003, a síndrome de Burnout inicialmente foi observada em profissionais que tem um contato interpessoal mais intenso como médicos, assistentes sociais, professores, atendentes públicos, enfermeiros entre outros.
“Burnout vem do inglês, se refere aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia, uma metáfora para significar aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite e, por falta de energia, não tem mais condições de desempenho físico ou mental” (GARCIA, et al., 2003).

A falta de autonomia no desempenho profissional, relacionamentos com as chefias e colegas são apresentados como componentes inerentes ao desenvolvimento da síndrome. Alguns autores diferem Burnout do estresse devido ao envolvimento de forma negativa nas condutas aos usuários, organização e trabalho, uma vez que o estresse é influenciado pelo esgotamento pessoal e não necessariamente relaciona-se com o trabalho (GARCIA e colaboradores, 2003).
A interação desses fatores, alavanca o processo de “desprofissionalização”, norteados pelo avanço da economia capitalista que por sua vez reduz a amplitude de atuação do trabalho, transformando atividades de alto nível em rotinas burocráticas com maior subserviência. Observa-se também, a redução do tempo de execução do trabalho, de possíveis atualizações e qualificações profissionais e atividades de lazer, além dasfalta de incentivo fato esse, que gera restritas elaborações do trabalho criativo (BALLONE, 2003).
A educação atual é tratada e administrada como base na linha capitalista, gerenciada como um negócio rentável, não apenas percebido por estudiosos da área, mas também é sentida pelos usuários e comunidade geral, que têm uma perspectiva negativa em relação à qualidade do ensino (CARLOTTO, 2002).
De acordo com Teixeira (2006), a Síndrome Burnout se mostra presente em no sujeito pós-moderno que assume outras identidades em diferentes momentos, não centradas no “eu” coerente, diferente dos sujeitos iluministas e sociológicos. Os sujeitos iluministas se baseiam na concepção de um indivíduo centrado, unificado, racional, individualista, já os sujeitos sociológicos refletiam a complexidade do mundo moderno, autônomo.
“Trabalhar não é só aplicar uma série de conhecimentos e habilidades para atingir a satisfação das próprias necessidades, trabalhar é fundamentalmente fazer-se a si mesmo transformando a realidade. Partindo da concepção de que o homem é um ser social historicamente determinado, que se descobre, se transforma e é transformado pela via do trabalho… a qualificação desta construção social entender os fenômenos psicossociais que envolvem o trabalho humano. Burnout, não há dúvida, é um destes fenômenos. Na medida em que entendemos melhor este fenômeno psicossocial como processo, identificando suas etapas e dimensões, seus estressores mais importantes…” (CARLOTTO, 2002).

Portanto, esse estudo torna-se relevante por abordar um tema bastante crescente e escasso nos cenários da Educação e Saúde, uma vez que os novos dados apresentados sobre as principais repercussões causadas pela Síndrome de Burnout, descrição sobre as dimensões da personalidade de Burnout em professores, e argumentação da palavra “cinismo” a partir da etimologia da palavra cínica, possam contribuir para estudos posteriores sobre Burnout em docentes, buscando assim melhores alternativas o seu enfrentamento.
Busco através deste livro, analisar a despersonalização de Burnout no docente pós-moderno, apontando e descrevendo as suas principais repercussões nas dimensões da personalidade, e também argumentar a palavra “cinismo” a partir da etimologia da palavra cínica. Com tudo, a Exaustão Emocional e Desrealização Profissional são dimensões relevantes no docente quando comparada a despersonalização, entretanto autores definem essas dimensões a partir da tríade de Masrlach que associa Despersonalização ao Cinismo. O Dissociative Experience Scale – DES, Dissociative Disorders Interview Schedule – DDIS e o Structured Clinical Interview for Disorders – SCID, parecem ser os instrumentos mais indicados para indicar os distúrbios de personalidade.

Informações adicionais

Peso 0,170407 kg
Dimensões 15,5 × 23 × 0,61 cm
Nº Páginas

102

Capa

Fosco, SEM orelha

Data da Publicação

18/03/2024

Impressão

Preto e Branco (Papel Avena / Pólen)

Tamanho

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Faixa Etária Recomendada

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