Salve Sócrates

Sócrates convida Platão e Aristóteles para uma viagem ao Oráculo de Delfos. Caminham vários dias desde Atenas, abordando temas antigos sobre as origens e as finalidades das coisas. Mas também debatem a provável condenação de Sócrates e seu iminente extermínio. Apesar dos argumentos contrários dos discípulos, o mestre afirma que sua morte é inevitável. Chegando a Delfos, desviam-se do Oráculo e seguem para a base de uma montanha, onde Sócrates oferece aos discípulos a oportunidade de conhecer o futuro. Como? Entrando numa caverna indicada por ele. Ainda que hesitantes, Platão e Aristóteles aceitam e partem, convencidos de que encontrarão novos conhecimentos para trazer ao mestre, e que ele poderá oferecê-los como contraponto aos seus acusadores.
Enquanto percorrem a caverna, os gregos deparam-se com personagens reais e fictícios, e por meio deles buscam absorver os saberes futuros. Somam-se à jornada, cada qual a seu tempo, Diógenes, Lao Tsé e Goethe. O cachorro de Diógenes, chamado Empédocles, é o descobridor das portas e das grutas por onde os viajantes saem e entram na caverna. Diógenes dá o contraponto à sobriedade de Platão e Aristóteles. Eles passam o tempo discutindo e tentando provar suas razões. Platão é o mais afetado, vive angustiado pensando em voltar para casa. Lao manifesta-se nos instantes decisivos dos diálogos, emplacando seus aforismos e quase sempre finalizando as argumentações. Goethe entra na história para amenizar o impacto do encontro dos velhos filósofos com os pensamentos e as tecnologias da modernidade.