O jardineiro da máfia

Toda história de máfia é marcada pela morte.
Nessas histórias existe aquela figura que se encarrega do depois:
— Depois da tortura;
— Depois do combate;
— Depois do assassinato;
— Depois de todo confronto;
— Depois do fim, ele aparece.
Em nenhuma história tem nome, rosto ou vida, sua missão é apenas recolher os corpos e dar a eles um destino oculto. É fazer desaparecer o receptáculo, de uma alma que já partiu.
Conheceremos Henrique, ele é o homem que chega depois da ação, que cuida dos corpos abandonados pelo caminho.
Henrique é um homem solitário, suas companhias são as flores no seu jardim. Até onde os olhos alcancem, existe morte, embaixo de cada canteiro, uma cova, com um corpo, cuidadosamente, enterrado.
Ele aceitou seu destino, viver sozinho até o dia em que faria parte de seu jardim, mas o destino gosta de pregar peças, nele pregou uma chamada, Tatiane.
Tatiane, uma jovem professora que não acreditava que esse mundo perigoso chegaria nela.
Ela cometeu um erro ao tentar falar com o pai de um aluno sobre as dificuldades escolares do filho, e quase pagou com a vida por isso, quase…
Pela primeira vez, Henrique buscou um corpo, que ao ser colocado em seu jardim voltou a vida, a sua flor, Tatiane.
Um dark romance leve, nas sombras do círculo mafioso. Descrito depois que as luzes se apagam, que guardam as armas e que os vencedores partem.
Um romance feito para quem guarda os segredos e limpa o cenário, depois que o show acaba.
Esse é o papel do Jardineiro da Máfia…