Utópiko

Memórias de um mestre de cerimônia

Original price was: R$34,70.Current price is: R$27,47.

Autor(a): Fábio Roberto de Jesus
Saiba mais sobre o(a) autor(a): uiclap.bio/Utopiko1986

Prazo de produção: até 7 dias úteis
REF: ut29424 Categoria Tag:

Sinopse

Eu devia ter 12 anos quando tive o primeiro contato com o Rap, as tardes de sábado e domingo na casa da tia Marli eram mágicas, lá existia computador e internet discada, o auge da tecnologia naquela época 1997.
Meu primo Anderson Hickman (Macaco) passava horas no Pc ouvindo centenas de artistas consagrados dos anos 90 no Brasil, Consciência Humana, RZO, Face da Morte, Thaíde & DJ Hum, Facção Central, Gog, Cirurgia Moral, Realidade Cruel, De menos Crime.
Eu ali admirado com a habilidade dele em decorar inúmeras músicas com mais de 6, 7 minutos de duração, foi aí que se deu início a minha paixão pelo Rap, amor a primeira ouvida.
O ano de 1999 foi crucial para vivenciar inócuo todo o poder da cultura Hip-Hop, nos mudamos para uma COHAB chamada Ulysses Guimarães, lá conheci os integrantes do grupo pioneiro no Rap Joinvilense, o “Setor Sul”
Passei tardes na casa do André, onde rolava frequentemente ensaios do grupo, aliás
André foi responsável pela minha primeira camisa de Rap, uma peita do Wu Tang Clan clássica, que desbotou rapidamente de tanto usá-la.
O vocalista do grupo Maikon, meu grande amigo de vida, foi responsável por me levar no primeiro evento de rap, onde tocou Setor Sul, Mocambo, FV Coerente, Sistema Nervoso.
Maikon também foi chave fundamental no meu início no rap, foi através dele que subi pela primeira vez num palco pra cantar aos 14 anos de idade.
Aos 15 anos já escrevia algumas poesias e tentava compor umas rimas, muito inspirado nos amigos próximos, Setor Sul, Luz das Ruas, foi uma fase complexa, depressão profunda, síndrome do Pânico.
O rap me salvou de um possível suicídio, me trouxe auto estima, conhecimento, maturidade, personalidade, aí foi um pulo para virar uma máquina compulsiva de rimar.
Antes de ser um MC nesses 20 anos de rap, fui um exímio ouvinte e frequentador de inúmeros eventos pela cidade, shows clássicos como SNJ no Kênia Club, MV Bill, Da Guedes, Marechal, Pentágono, Emicida, Slim Rimografia, Kamau, Mentekpta.
Foi inspirado nessas duas gerações da música que mesclei como seria meu norte na arte das rimas.
De 2002 a 2005 escrevia todo santo dia, pra aprimorar as ideias, leitor voraz, as frases jorravam na mente como água cristalina numa nascente.
2006 foi o boom das batalhas de Mc’s, peguei gosto pela modalidade “freestyle” improviso puro e genuíno, passávamos tardes e tardes rimando em batidas de rap gringo.
Foi então onde surgiu meu apelido “Utópiko MC” inspirado no livro de Thomas Morus chamado “Utopia” virou meu vulgo de batalha de rap, 2007 batalha do Municipal, no centro de Joinville, um verdadeiro laboratório de como se comportar perante a plateia. A competição era acirrada, uma geração de ótimos rimadores, inspirados na batalha do Real do Rio de Janeiro e na batalha do Santa Cruz em SP.
Tive a honra de ser campeão por lá um só vez, mas o verdadeiro prêmio era estar incluso numa cultura marginalizada, com jovens com o mesmo pensamento e ideal.
Nessa época nasceu minha primeira mixtape “O impossível é utopia” que foi ganhar as ruas só em 2009, minha melhor fase como letrista.
Mas meu amor mesmo era o freestyle, passar dias e dias praticando, colar na esquina da casa do Lucas Stif as sextas-Feiras a noite era libertador, um fazia o beatbox e revezávamos por horas molhando as palavras com Maracujá Joinville.
Foram 10 anos improvisando, sendo mestre de cerimônia de batalhas, jurado, uma fase primordial pra quem ama a cultura de rua.
2015 já mais maduro lancei o segundo cd chamado o “Retorno” após 6 anos sem lançar músicas.
O cd o Retorno me abriu portas por várias cidades, shows, quase mil cópias distribuídas e vendidas de mão em mão, trabalho de formiguinha artesanal com muito amor.
2017 lancei o terceiro cd, EP “Memórias Utópicas” e encerrei minhas participações como MC de batalha, passei apresentar e contribuir como jurado em batalhas como CDR, batalha do Paraíso, Batalha do Guanabara, Batalha da Tiradentes.
2019 foi um ano abençoado, já saturado com uma cena conturbada, dei início em competições do Slam Joinville de Poesia, no qual fui campeão algumas edições, também lancei o quarto cd intitulado “Chernobyl 47”
Em 2022 foi uma fase transitória, no qual lancei o quinto cd “Adorei as almas” todo voltado para Umbanda, em forma de agradecimento aos orixás pelo dom da vida.
2023 pra fechar com chave de ouro, o livro Memórias de um mestre de cerimônia, letras de todos álbuns lançados, poesias recitadas no Slam Joinville, poemas, para encerrar um ciclo abençoado num pilar do Hip-Hop que virou um estilo de viver e se Oxalá permitir até morrer continuar pulsando nas veias se assim possível, mais do que um vulgo um estado de espírito Utópiko MC.

Informações adicionais

Peso 0,22550682 kg
Dimensões 14,7 × 20,9 × 0,93 cm
Nº Páginas

166

Capa

Brilho, SEM orelha

Data da Publicação

02/03/2023

Impressão

Preto e Branco (Papel Avena / Pólen)

Tamanho

Editora

Autor(a)

Faixa Etária Recomendada

SEM CLASSIFICAÇÃO

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