Setas Para Lugar Nenhum

Setas Para Lugar Nenhum explora, sob a perspectiva de um cidadão aposentado, as investidas de indivíduos que buscam manter o poder a qualquer custo. Esses personagens, que se revestem de ideologias e partidos convenientes, priorizam seus interesses pessoais sobre os da nação. A corrupção, a impunidade e a criminalidade assombram o país, expondo a República aos casuísmos de cúmplices e oportunistas.

Quase quatro décadas a pós a redemocratização, o Brasil ainda luta para consolidar sua democracia. Apesar de alguns avanços, a instabilidade política e social continua a desafiar a consolidação democrática.

Desde a redemocratização, oito presidentes passaram pelo Palácio do Planalto, cada um prometendo renovação e progresso. No entanto, como o acróstico SETAS PARA LUGAR NENHUM, que dá título a este livro, evidencia com agudeza, a realidade desmascara discursos e promessas demagógicas, expondo crises que enfraquecem a democracia, além de retrocessos sociais e econômicos. As promessas feitas muitas vezes são frustradas pela dinâmica política que prioriza acordos a portas fechadas e interesses partidários em detrimento do bem comum. A trajetória desses mandatos mostra um padrão em que as “setas” prometidas frequentemente levam a lugar nenhum, perpetuando um ciclo de frustração e descrença. Cada presidente enfrentou desafios únicos, mas todos navegaram por um sistema marcado pela corrupção, manipulação política e falta de transparência. A consolidação democrática permanece um desafio contínuo, e o fortalecimento das instituições e o engajamento da cidadania são cruciais para que o Brasil possa encontrar um caminho seguro e justo.

Em resposta crítica ao desencanto com a classe política e seu entorno, este livro contém comentários, crônicas e acrósticos escritos pelo autor e originalmente publicados em blogs, principalmente entre 2016 e 2023. Após seleção e revisões, foram organizados em capítulos que refletem os períodos do lulopetismo, do bolsonarismo, do “governo do centrão lulonarista” e do “país após a redemocratização”.