ESTUDOS NO EVANGELHO DE LUCAS – Vol. 3

Ao lermos o Evangelho de Lucas, logo nos primeiros versículos nos deparamos do porquê de ele iniciar esta empreitada em escrever o seu Evangelho: “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo” (Lc 1.1-3).
Lucas, como historiador, não se conteve em saber o que já estava escrito nos Evangelhos de Marcos e Mateus, pois ele sabia que havia muito mais relatos a serem escritos a respeito do ministério de Jesus e Seus ensinamentos. Por isso, ele diz a Teófilo: “pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio”.
Na sua inquietação de historiador, ele sabia que poderia ter mais informações a respeito do Salvador; daquilo que os outros evangelistas haviam narrado. Diante disso, Lucas nos conta sobre Zacarias e Isabel e sobre o nascimento de João Batista. Do mesmo modo, é ele quem nos conta sobre a visita de Gabriel à Maria e o jubiloso encontro com Isabel alguns meses mais tarde. Lucas fala do cântico de júbilo de Maria, dos pastores na manjedoura e da adoração de Ana e Simeão no templo.
Outras histórias famosas são encontradas somente em Lucas: o menino Jesus no templo, o bom samaritano, o filho pródigo, o fariseu e o publicano orando no templo e o pequeno Zaqueu lá no alto da árvore. Em sua narrativa pós-ressurreição, somente ele faz a abordagem dos discípulos andando cabisbaixos pela estrada de Emaús após a ressurreição, conversando com o Cristo ressuscitado. E, sozinho entre os evangelistas, Lucas descreve a ascensão de Jesus em detalhes no capítulo 24 do seu Evangelho e depois em Atos, capítulo 1.