O passageiro

Os dias de Milton costumavam ser bem comuns. Ele tinha uma vida normal, ao lado de sua bela esposa. Trabalhava como motorista de aplicativo, e mesmo sem muito dinheiro, assim como todo pobre. Ele ia empurrando as dívidas e os problemas com a barriga.

Um dia, após uma leve discussão com a mulher, Milton sai de casa. Queria trabalhar até tarde, curtir o dia atrás de um volante e esquecer todos os seus problemas por algumas horas. Mas, no meio de seu caminho, surge Arthur. Um possível cliente, que lhe faz uma proposta indecente. Seis missões, seis viagens, em troca de um bom dinheiro.

No meio da viagem, Milton estranha o jeito de falar e se portar do passageiro. Ainda tinha a maleta, uma maleta cinza, que ele não se desgrudava de jeito nenhum.

Durante a viagem Milton questiona algumas coisas. O passageiro sempre descia em algum lugar. Poderia não ligar para nada disso, já que ele estava lhe pagando, mas Milton, estava com essa pulga atrás da orelha a viagem inteira.

“o que esse cara faz em todos esses lugares?”

A verdade, por mais chocante que fosse, não era pior do que o que viria depois. Arthur ao mesmo tempo que era um caçador, também era uma caça, e Milton estava no meio disso. Agora ambos teriam que lutar por suas vidas, e Milton era o que menos tinha armas nessa luta contra a organização.