Magia Enoquiana

O nome “Enochiano” se relaciona com “Enoch” pelo nome ser apenas do primeiro usuário desta magia, que no seu livro alegou manter contato com os Anjos e acessou os mundos divinos, que refere-se a um dos quatro imortais da Bíblia.
Longe de receitas prontas a praticar e degustar o resultado imediato e proporcional, como a própria vida mundana, a magia é derivada de experiências falhas até nos corrigirmos pela experiência. A prática enochiana é um sistema tão coeso e forte que muitas pessoas esquecem que era a prática de apenas olhar ao interior de uma bola negra de cristal.
Complexo, o método é comum a cada grau que a pessoa trilha, e ao abrir as portas destes mistérios no contato com quaisquer que forem os seres de natureza espiritual, Anjos, Demônios, Elementais, ativa o anseio de praticantes diante do pragmasitmo das próprias atividades. Sem pagar com atitudes não comprará a passagem a seus mistérios.
Apesar da beleza que envolve toda esta magia, requer o equilíbrio diante da sofisticação e racionalização, diante dos inúmeros fatores a se considerar antes de sua prática. Coisas deste sistema como Rituais de Pentagrama, Hexagrama, evocações, palavras estranhas e uma caminhada específica no início podem parecer complexas, porém com o interagir se elucidarão e se tornarão naturais pela repetição. Lembre-se que quanto mais economizar nas viagens, principalmente as grandes, mais dificuldade terá aliado ao desconforto, o que não é diferente na Magia Enochiana. Conforme cita Benjamin Rowe: “Do ponto de vista de magistas humanos, creio ser melhor pensarmos na magia Enochiana como uma ferramenta educacional; adaptada a treinar aqueles que passam pelo processo de evolução em deuses. (…) na medida em que expandem as habilidades e a compreensão, o próprio sistema se expande em paralelo, abrindo novas esferas para exploração, eventualmente levando-os aos domínios (reinos) que jamais poderiam imaginar no início dos seus trabalhos”…
A divulgação limitada aos seus praticantes ou pessoas que aspiram à mesma magia, independente do qual fácil esta prática se torna, desde que realizadas suas premissas corretamente, faz com que muitas pessoas se afastem desta magia diante de tais responsabilidades e procurem serviços de terceiros, quando acham. Mais ainda numa época cheia de preconceitos e condenações pelo simples credo da pessoa, que John Dee com sua rainha inglesa Elizabeth I sofreram, ainda não existe a resposta de qual fora a pessoa que iniciou tal método, sentado num alfabeto mágicko totalmente diferente do latim, grego, hebraico e alfabetos mais mágickos, quase que uma série de pictogramas cabalísticos pretendidos, imaginados visualmente e que normalmente não são inscritos em gramática única e estrutura de sintaxe da língua Enochiana, apresentado a ele por inteligências extraterrestres, diante da comunicação realizada por meio de VIDÊNCIA, ou por cristais. Então sua mística vive na razão de tantos segredos espirituais, por funcionar.
Ainda que esquecido após a morte de Dee e seu companheiro Edward Kelly, foi redescoberto parcialmente por Meric Casaubon em 1659, anos depois do uso, e novamente revivido por McGregor Mathers junto com a Ordem fundada também por ele, a Hermetic Order of Golden Dawn no final do século XIX, mais de 200 anos depois de sua redescoberta. Depois dele seu discípulo Aleister Crowley abordou o assunto num de seus inúmeros livros chamado “Liber 418 – A Visão e a Voz” , com um detalhe comercial peculiar, era do grande vínculo deste material com outros de seus serviços como o Hermetismo, Cabalá Judaica, Astrologia, Tarô, muito conveniente assim como as novas tecnologias que colocam um despertador agora com os últimos recursos de vídeo. Apenas o primeiro entre tantos que pontilhavam a magia enochiana, talvez relatando suas experiências com muita habilidade nesta de suas melhores faculdades, outros de sua ordem mágicka Astrum Argentum (A.’.A.’.), ou Estrela de Prata em Português, também iniciaram seus estudos, no que aguardamos seus relatos. Anton LaVey também usou a Magia Enochiana para o caminho da Mão Esquerda, em sua Igreja de Lúcifer, ns Estados Unidos, e no Brasil o Círculo Iniciático de Hermes também. Outros autores mais recentes utilizaram esta linha de atividades mas para suas próprias particularidades, como Benjamin Rowe, Dean F. Wilson, Donald C Laycock, Donald Tyson, Frater W. I. T., Geoffrey James, Gerald Schueler, Jason Augustus Newcomb, John DeSalvo, Lon Millo Duquete, Pat Zalewski e Benjamin Rowe, com várias obras disponíveis em rede mundial ou impressos, que cada pessoa leitora faça seu próprio julgamento.
Esta obra além de abordar o tema angelical no contexto da análise religiosa, que ora condena, ora reverencia os mesmos, a entrar na visão pessoal, sob a prática do SAG, para que agora se inicie a prática do contato direto sob a linguagem interpretada como linguagem angelical, de forma fácil e compreensiva, uma tentativa de eliminar a complexidade desnecessária do sistema mágicko Enochiano, combinando seus inúmeros elementos em uma única fonte. Inegável a influência do método da Golden Dawn nesta ou em qualquer obra do gênero, certamente se encontrarão relações com diferentes métodos como a Astrologia, Qabalah e tarô, mas deixo para que estas outras práticas sejam o retiro de seus praticantes, não desta obra. Reuni aqui detalhes a causarem complexidade suficiente na prática enochiana por si só, mas fica sob critério pessoal a adição de recursos auxiliares à tua prática, pois sob resultados práticos efetivos não existem argumentos contra. A auto-suficiência do sistema enochiano reflete não somente o universo, mas o próprio universo que você operará.
Esta ferramenta de desenvolvimento espiritual pessoal contém a teoria completa por trás do ritual da Golden Dawn, com explicações e dados tabulados, juntamente com as instruções e exemplos detalhados também simples aos estudantes sérios, até mesmo novatos. Mas também oferece informações básicas de correspondências e idéias originais a agradar pessoas experientes na arte mágicka.
Gráficos e tabelas são fornecidas a resumir os dados não disponíveis em outros lugares, mas reitero que você deve ter ciência de que isto requer disponibilizar tempo e esforço para obter o correspondente êxito. Também lembro que o máximo que este, ou qualquer livro pode ser é o mapa de um caminho, pois a caminhada quem o faz é a pessoa leitora. O que é verdadeiramente surpreendente sobre este sistema é que ele realmente funciona.

Capítulo 1 – MAGIA ENOCHIANA
Capítulo 2 – ALFABETO ENOCHIANO E GEMATRIA
Capítulo 3 – PEÇAS: ANEL, LÂMEN E A MESA SANTA
Capítulo 4 – O SIGILO DE AMETH
Capítulo 5 – A MESA SAGRADA
Capítulo 6 – AS OPERAÇÕES MÁGICKAS
Capítulo 7 – USANDO A VIDÊNCIA
Capítulo 8 – SEXO NA MAGIA ENOCHIANA
Capítulo 9 – CONSTRUINDO TEMPLOS ENOCHIANOS
Capítulo 10 – CONSTRUINDO TEMPLOS MENORES
Capítulo 11 – DEZOITO CHAVES OU CHAMADAS
Capítulo 12 – OS 30 ÉTERES
Capítulo 13 – FÓRMULAS DA MAGIA ENOCHIANA
ANEXOS