Minha filha especial

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), as pessoas com deficiência são 15% da população mundial. Trazendo para a nossa realidade, elas são 30.462.113 no Brasil, do total de 203.080.756 habitantes, conforme o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

São 30 milhões de brasileiros com deficiência congênita (mental, visual,auditiva ou física) ou adquirida por meio de acidentes de trânsito ou de trabalho.

Paula Costa Mosca Macedo, psicóloga do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), explica que deficiência congênita é “qualquer perda ou anormalidade de estrutura ou função fisiológica ou anatômica, desde o nascimento, decorrente de causas variadas, como por exemplo: prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição materna, rubéola, toxoplasmose, trauma de parto, exposição à radiação, uso de drogas, causas metabólicas e outras desconhecidas”.

A minha filha, Ákila, é uma dessas pessoas. A deficiência dela se enquadra como “trauma de parto”, porque teve problemas ao nascer, adquirindo paralisia cerebral, o que a deixou com sequelas para o resto da vida.

Esta obra conta um pouco da tragetória dela e nossa, como pais, ao longo dos seus 28 anos de vida. Foram muitos percalços, lutas e vitórias – um milagre a cada dia – que transformaram a nossa vida, mudou nossos destinos e nos ensinou belas lições.

São essas experiências e lições de vida que busco compartilhar com pais e mães de crianças e adultos especiais que ainda trilham pelos caminhos da dúvida, da insegurança e buscam por respostas. A minha intenção não é respondê-las todas, mas sim ajudar a entender melhor essa missão que Deus nos delegou de cuidar de seus anjos especiais na forma de pessoas com deficiência.