OS SUPERMERCADOS DA FÉ

A história da religião é tão antiga quanto a história do próprio homem, e isso é o que nos dizem os arqueólogos e os antropólogos. Há evidências de algum tipo de adoração mesmo entre civilizações mais “primitivas”, as que representam os primórdios da civilização, ou seja, sociedades e culturas tidas como elementares e originais.
Além de sua antiguidade, há também grande variedade na religião. Os caçadores de cabeças nas selvas de Bornéu, os esquimós no gelado Ártico; os nômades no deserto do Sa- ara, os habitantes das grandes metrópoles do mundo; todo- povo e toda nação na Terra tem seu deus, ou seus deuses, e seu modo próprio de adoração. A diversidade de religião é realmente atordoante e, logicamente, provoca indagações:
• De onde se originaram tantas religiões?
• Visto que existem diferenças e similaridades entre elas, será que as religiões começaram de maneira indepen- dente, ou se desenvolveram de uma única fonte?

Deveras, podemos perguntar:
• Por que surgiu a religião?
• Como surgiu a religião?
As respostas a essas perguntas são de importância vital para todos os que se interessam em encontrar a verdade a respeito de religião e crenças religiosas.
A Questão da Origem
Quando se trata da questão da origem, pessoas de diferentes religiões pensam em nomes, como Maomé (571 d.C. – 632 d.C.), Buda (563 a.C. – 483 a.C), Confúcio (552 a.C. e 489 a.C) ou Jesus (2 a.C. – 33 d.C.). Em quase todas as religiões há uma figura central a quem se dá o crédito de ter estabelecido a “verdadeira fé”. Alguns desses eram reformadores iconoclastas; outros eram filósofos moralísticos; e ainda outros eram heróis populares altruístas. Importante comentar que o objetivo de toda essa invenção se chama: “adoramos o dinheiro”!
Por volta do ano 50 d.C., o apóstolo cristão Paulo visitou Atenas, na Grécia, e apresentou aos atenienses um ponto de vista totalmente diferente. Paulo lhes disse:
“O Deus que fez o mundo e todas as coisas que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de ho- mens, como que necessitando de alguma coisa; pois é ele mes- mo quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;”
At.17-24,25

Em outras palavras, Paulo dizia aos atenienses que o verdadeiro Deus, que “fez o mundo e todas as coisas nele”, não é produto da imaginação do homem, tampouco é Ele servido através de meios que o homem possa conhecer. A religião verdadeira não é mero esforço unilateral da parte do homem, no sentido de tentar suprir uma determinada necessidade psicológica ou debelar um certo temor. Em vez disso, visto que o verdadeiro Deus é o criador que deu ao homem a capacidade de raciocínio e a faculdade da razão, é somente lógico que ele professe um meio de o homem vir a entrar numa religião satisfatória com ele. Isto, segundo Paulo, foi exatamente o que deus fez.
Observe o ponto-chave do apóstolo Paulo em Atos 17- 26,27: Deus “fez de um só homem toda a nação dos ho- mens”, embora existam hoje muitas “nações dos homens”.
Em todos os cantos da Terra, os cientistas sabem que, de fato, toda a humanidade descende de um mesmo tronco. Tal conceito é de grande importância, pois quando falamos que todos os seres humanos são de um mesmo tronco, isso significa muito mais do que serem apenas biológica e ge- neticamente aparentados.