Eclesiastes na Prática

Eclesiastes é um dos cinco livros que fazem parte da categoria dos poéticos, é um livro sapiencial (sentença moral), também conhecido como “O Pregador”, esta obra é atribuída a um autor que se identifica como “Qohélet”, termo hebraico que significa “O Pregador” ou “Aquele que convoca uma assembleia “. O livro é uma reflexão filosófica acerca da busca intensa e extensa de encontrar satisfação naquilo que Deus pode proporcionar, porém, com uma grande ressalva: “Sem Deus”. Sua pesquisa é analisada “debaixo do sol” uma análise completamente terrena, e nesta busca de respostas por uma vida de satisfação sem Deus, tudo o que ele encontrou foi uma vida vazia de ilusão e sem sentido.

Eclesiastes é dividido em 12 capítulos e apresenta uma série de reflexões sobre a vida, a morte, a sabedoria, a justiça, o trabalho, o dinheiro, o prazer, a religião, entre outros temas. Em suas reflexões, o autor usa exemplos práticos, como a observação da natureza e da sociedade, para ilustrar suas ideias.

No final, apesar das críticas e da frustração de uma pesquisa intensa sem conseguir as respostas que buscava, encontrou no temor a Deus a resposta para uma vida satisfeita, uma vida de temor a Deus faz com que tudo aquilo que ele considerou sem valor, possa ter valor, pois o sentido da vida não consiste nas coisas que Deus pode proporcionar debaixo do sol, mas no próprio Deus que está acima do sol; somente em Deus as dádivas da vida fazem sentido e encontramos plena satisfação. Sem Deus, nem mesmo o homem mais rico e sábio da antiga aliança encontrou satisfação.