Memórias Arrependidas de Um Poeta Sem Pudor

A popularização da Internet, aí pelo final do século XX, que parecia oferecer a melhor e maior biblioteca que jamais o mundo conheceu, foi o início do fim para a poesia, da forma como os verdadeiros poetas e legítimos apreciadores a veem e sentem. Digo isso, porque apesar de ser um desenvolvedor de sites desde seu surgimento comercial, e criado projetos até com relativo sucesso ,que incluíam poesia, sempre tive um pé atrás – ou os dois -, com essa mídia. Penso que poesia é para o papel e para o “ao vivo”, ou seja, a poesia tem que ser palpável, cheirável, ouvida, vista, apreciada, sentida, seja pela leitura no papel, com cheiros e formas, letras de impressão, quanto pela entonação, respíração, suores, olhares do poeta quando a interpreta.

Comecei a escrever histórias, poesia e contos, por volta dos 15 anos e agora, aos 65, posso me considerar poeta escritor. E embora tenha escrito 3 romances, várias centenas de crônicas e de contos, foi na poesia que eu sempre me encontrei. E foram milhares delas, publicados em 13 livros auto editados e financiados, tendo sido a razão da criação de uma editora artesanal em 2010, e também posteriormente ter lançado uma antologia com tudo aquilo que eu tinha escrito, desde meados dos anos 1970 até 2023, totalizando 45 anos de poesia. Entretanto, fui um tanto arrogante em publicar 3 volumes que totalizavam quase 2.000 páginas. É claro que isso vendeu quase nada.

Por esse motivo, fiz uma seleção de poesias para uma antologia em volume único, embora ainda com bastantes páginas. O critério dessa seleção é pessoal, óbvio: os textos que mais gostei de escrever e de ler, e os que considero de melhor “qualidade”. Assim nasceu “Memórias Arrependidas de Um Poeta Sem Pudor”, com quase 600 textos, incluindo três óperas-rock que lancei, em parceria com o Maestro Amyr Cantúsio Jr., entre 2010 e 2016.

Memórias Arrependidas de Um Poeta Sem Pudor
Barata Cichetto
Antologia Poética (1978/2024)