REDENÇÃO

O livro trás uma história ficticia mas que serve para despertar a atenção aos riscos que estamos à enfrentar. Num futuro próximo, a Terra será um lugar irreconhecível. A ganância humana destruirá os ecossistemas e empurrará espécies à extinção. Apesar dos alertas de cientistas e ativistas, os líderes mundiais estamos continuando a explorar recursos naturais sem piedade. O ar rarefeito e as águas poluídas são testemunhas do descaso humano.
Como espécie, somos especialistas em resolver problemas. Mas ainda não nos aplicamos a esse problema com o foco que ele exige. Muitas pessoas estão fazendo o que podem. Mas o sucesso real só pode vir se houver uma mudança em nossas sociedades, em nossa economia e em nossa política. As pessoas que vão estar por aí daqui a 10 anos, daqui a 20 anos, vão nos culpar profundamente se não fizermos nada a respeito. É importante, é verdade, está acontecendo e é um desastre iminente. Tenho certeza de que as coisas vão piorar antes de melhorar. Mas é possível melhorar.
“Pela primeira vez na história dos homosapiens estamos pedindo a pessoas de culturas diferentes em continentes diferentes com sistemas morais diferentes que concordem. Isso nunca aconteceu na história da humanidade. Não podemos supor que isso vai acontecer da noite para o dia. Só temos que manter essa linha de pensamento. Os fatos são alarmantes o suficiente sem alarmismo.
Estamos substituindo o selvagem pelo manso. Metade das terras férteis na Terra são agora terras agrícolas. 70% da massa de aves deste planeta são aves domésticas. A grande maioria, galinhas. Somos responsáveis por mais de um terço do peso dos mamíferos na Terra. Outros 60% são os animais que criamos para comer. O restante, de ratos a baleias, representa apenas 4%.
“Este é agora o nosso planeta, dirigido pela humanidade para a humanidade. Resta pouco para o resto do mundo vivo. Certamente é nossa responsabilidade fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para criar um planeta que forneça um lar não apenas para nós, mas para toda a vida na Terra.