O Piquenique

Cambridge, Inglaterra, quando Camille West, uma atraente texana de meia-idade, convida um pequeno grupo de amigos para um piquenique no Parque Municipal de Milton um ano após o inexplicável desaparecimento de seu marido britânico Harry, um professor universitário obcecado pela música de Ludwig van Beethoven, memórias, emoções e conflitos transbordam.
Após as afirmações proclamatórias de abertura do misterioso criador do romance, somos apresentados a Camille e, em seguida, a seu psicólogo Gerald Martins, com quem Camille está envolvida num caso bastante intrincado. Psicólogo e paciente narram a história de Harry e seu enredamento com uma professora de inglês, Ofélia Woodward, a partir da perspectiva do passado, presente e futuro.
O piquenique de Camille, de fato, funciona como uma linha do tempo central, um eixo em torno do qual giram os principais eventos do romance. Os outros participantes do piquenique chegam ao longo da manhã e da tarde de um sábado quente de verão, e suas vidas díspares – e as memórias de Harry – interagem e colidem notadamente com a chegada de Ofélia, cuja presença entre eles é ao mesmo tempo constrangedora e, depois, na aurora de um novo dia, o motivo para celebração.
O Piquenique aborda os temas existenciais de nascimento, vida, espiritualidade, mitologia, amor e morte por meio de uma paisagem onírica humorística, surreal e, às vezes, libidinosa de emoção e memória. O romance também explora a experiência essencialmente humana de ser, pois é apenas pela aceitação dos caprichos e vulnerabilidades peculiares de suas vidas que os personagens acabam encontrando sua própria resolução, paz e, em última análise, significado.