A Pregação Eficaz

Qual é o propósito da pregação? Muitos parecem acreditar que é, primariamente, interpretar e explicar a Bíblia para que as pessoas a entendam. Compreensivelmente, alguns pregadores querem evitar a gravidade de sermões que contêm alguns poucos pensamentos confortantes sem estarem arraigados no texto da Escritura. Eles dão a sua maior atenção à explanação da Bíblia e, talvez, esperam que “o Espírito irá fazer o restante”. Poucos negariam que a pregação deve envolver algum grau de aplicação da mensagem da Escritura para a situação prática dos seus ouvintes. Embora, na prática isto seja minimizado. A não ser que haja aplicação, o sermão é apenas uma preleção. Se a aplicação é a vida da pregação, qualquer sermão sem ela está morto. Como Richard Baxter diz em seu clássico “The Reformed Pastor” [O Pastor Aprovado]: “Afligiria o coração de alguém saber o quão excelente doutrina alguns ministros têm em mãos, mas que, não obstante, a deixam morrer em suas mãos por falta de uma penetrante e vívida aplicação”.

Durham deixa claro que a congregação precisa ser levada em conta. O mesmo tipo de aplicação pode não ser adequado a todas as congregações, ou até mesmo diferentes tipos de pessoas dentro da mesma congregação. O correto manejar da Palavra da verdade, requer tais distinções. Significa ser específico ao invés de fazer meras generalizações. Podemos aprender acerca da grande proporção de aplicação que preencheu a pregação no passado comparada aos sermões modernos. Eles foram homens compelidos a ministrar seu dom “como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. Assim, quando falavam, seu interesse era “falar segundo as palavras de Deus” (1 Pedro 4:10-11). Durham demonstra que havia diferentes tipos de aplicação na pregação. Alguns destes estão listados no Diretório de Culto de Westminster e definido mais completamente, complementarmente, por um livreto de Preparação de Sermões.