O Lorde do Nilo

Félix Dupont é conhecido por ser grosseiro, sem papas na língua e possuidor de um vasto repertório de blasfêmias – todas qualidades fantásticas, na sua opinião. Quem convive com o escavador sabe que sua paciência é como a chuva no deserto: inexistente. Por isso, quando seu acampamento é invadido por novos membros, precisa tirar forças de onde não existe para tolerá-los. A intérprete da expedição, por exemplo, incorpora tudo que ele mais odeia: é aristocrática, metida a sabe-tudo e absurdamente intrometida. Tão logo se conhecem, farpas começam a voar por todo o Vale, até que uma trégua é necessária para fazerem uma descoberta importante.
Lilly von Humboldt não pode ser catalogada como uma dama comum. Acostumada a enfrentar todo tipo de provação, não se deixa intimidar pelo ogro que comanda a escavação prussiana no Egito. Rude, territorialista e capaz de tirar até o mais virtuoso dos monges do sério, ela o detesta de imediato – até perceber o espinho sob a pata do monstro e decidir arrancá-lo.

Entre pergaminhos antigos, tumbas secretas que escondem tesouros e noites mágicas sob céus estrelados, Félix e Lilly descobrirão que, quando há paixão envolvida, nenhum sonho é irrealizável…