D-SYSTEM

Em um mundo em que o amor é transformado em interesse de reputação e cujas relações pessoais são estilhaçadas pelo olhar que vigia e pune de um homem platinado – Sh1ne (que se pronuncia “Shone”) – que há de construir um poderoso império tecnológico, surge uma menina chamada Scarlett, a “garota de cabelos escarlates”. Esse detalhe é o fio mais nobre, complexo, embevecedor e cativante no tear da produção ficcional da autora. Um poder misterioso e esmagador se aloja dentro da ruiva. É por isso que ela é cobiçada pelos Sheytans, criaturas espirituais que abusam dos maiores desejos humanos em troca de seus corpos.
Enquanto mares de destruição emocional afogam as almas mais puras, os Guardiões (as crianças da profecia) se preparam diante do caos para salvar a humanidade da escravidão do “homem platinado”. Aqueles que corromperam-se pelas traições dos que mais amaram, se tornaram os vilões mais frios e malignos. Um pensamento crítico sobre isso surge: o narrador da história decide o vilão.
O coração dos Guardiões se manterá firme em seus deveres, sabendo que a humanidade que devem salvar os quer mortos? Abandonarão seu ódio e desejo de vingança para salvar todos aqueles que os odeiam? Cederão às suas paixões, mesmo sendo amaldiçoados a nunca terem alguém que os ame verdadeiramente? Talvez essa maldição mude quando abandonarem o título de Guardião da humanidade, e, assim poderão ser amados. Tudo isso a custo da escravidão eterna da humanidade. Algum deles será capaz de ceder à essa tentação?