O Palhaço de Alaíde

(1 avaliação de cliente)

R$41,84

Autor(a): João Gramosa
Saiba mais sobre o(a) autor(a): uiclap.bio/joaogramosa

Prazo de produção: até 7 dias úteis

Sinopse

Quando um patrão, dono de um circo luxuoso, decidiu duvidar das incertezas e fez uma brincadeira muito séria com seus funcionários, não houve quem não o chamasse de louco por uns longos dias. Botar os carros na estrada e viajar para o sertão do Nordeste em vez de seguir para mais uma capital foi uma atitude capaz de atropelar até o bom-senso, nenhum dos artistas foi capaz de imaginar para onde os carros os levariam naquele comboio. Tudo corria como de costume, imaginavam ingenuamente que mais uma vez o circo brilharia para uma primorosa plateia endinheirada.
A perícia de quem não pode cometer erros no picadeiro, e que também é preparado pelas condições adversas não se afrouxou um milímetro sequer. Mas os murmúrios corriam soltos por todo aquele acampamento em Amarante. Os artistas reclamavam do risco que corriam seus ordenados pela falta de um público que pudesse aceitar pagar uns bons cruzeiros pela entrada.
Fernando Pedro sempre foi mergulhado em si, e na vida de seu cachorro. Hermético, o rapaz não é de dar brechas às lamúrias. Os infortúnios são como degraus, que o fazem subir na vida. O pupilo da companhia sempre fugia da agitação; poucas foram as mulheres que um dia balançaram seu coração. Mas aquele bendito circo tinha que errar o destino para lhe impor uma felicidade inédita.
Foi como um set que filmava uma superprodução na cidade. E havia alguém que passava muito bem como o galã da trama. A cidade toda se alvoroçou; era de hipnotizar, a beleza do palhaço e de sua amante secreta cada vez que resolviam dar uma volta nas imediações. Como um ímã, atraiam olhares e desejos.
Se um palhaço pode perder o compasso, tal situação aconteceu em Amarante. Bater no patrão é suicidar-se profissionalmente, mesmo que seja involuntário. Pedro escorregou por um caminho irremediável quando soltou a mão em Rangel; por mais que o patrão lamentasse em seu íntimo foi necessário fingir ter pulso firme. Pedro e Messejuno já não poderiam mais fazer parte da companhia. O que diriam se soubessem que o patrão apanhou de um empregado e não o demitiu? Não haveria explicação! Stefânia foi quem se fez em lágrimas na hora de se despedir.
Apesar de toda a reviravolta , o único medo que o rapaz sentiu foi quando se deu conta de que poderia ficar sem seu cachorro. Na delegacia tudo foi resolvido antes que o circo partisse para um destino que já não lhe causava um resquício sequer de apreensão; e Messejuno pode então ficar no colo de seu dono.
Dois dias antes da dissensão Fernando Pedro fez um passeio pelos principais pontos do centro da cidade. Tudo foi orquestrado pelo destino quando o rapaz, descaracterizado de palhaço, viu Laurian uma única vez dentro de um mercadinho. Foi um amor arrebatador que nasceu nos corações de ambos. Mesmo que tudo parecesse durar como o brilho de um raio, que se acende e apaga em milésimos de segundo para nunca mais se repetir, os dois foram capazes de alimentar o que sentiam um pelo outro. Mesmo que os corações fossem resignados com o fato de que nunca mais poderiam olhar um nos olhos do outro novamente os dois foram capazes de extasiar-se de sentimentos.
Tudo estava resolvido, nada poderia acontecer e eles nunca mais iriam olhar um para o outro. Assim poderia pensar qualquer pessoa que testemunhasse o ocorrido naquele mercadinho no centro da cidade.
Mas uma avó apaixonante foi capaz de preparar uma baita surpresa para os dois, a senhora não tinha ideia de que estava impulsionando o amor de sua neta com o rapaz. E Fernando Pedro duvidava de si mesmo quando disse que aceitava o convite de Alaíde. As passadas ao longo do trajeto eram em obediência a uma mente hesitante, pois não sabia o que estava fazendo, nem por que havia dito que aceitava ser hospede da senhora.
Os olhos do ex-palhaço ficaram petrificados quando viram a neta de Alaíde mais uma vez; era impossível acreditar de imediato. O corpo ficou paralisado. Veio, então, a certeza de que a vida não segue uma linha reta, e que ela sorri fartamente para quem lhe é merecedor.
Poucas situações poderiam superar a felicidade de ter encontrado Alaíde naquele dia. Nada seria capaz de explicar o porquê de um circo ter mudado de destino quando rumou para o interior do Nordeste. Somente os Céus poderiam ter planejado tal acontecimento.

Informações adicionais

Peso 0,25431 kg
Dimensões 14 × 21 × 1,16 cm
Editora

Nº Páginas

212

Tamanho

Autor(a)

Capa

Brilho, SEM orelha

Impressão

Preto e Branco (Papel Offset)

Data da Publicação

26/08/2020

Faixa Etária Recomendada

Adulto (maiores de 18 anos)

Ranking

1 avaliação para O Palhaço de Alaíde

  1. Eduardo

    Como quem não quer nada, o autor consegue nos prender à leitura, através de uma linguagem simples e rica em detalhes; jogando bem com as palavras e nos apresentando personagens extremamente cativantes, enquanto explora a relação entre um artista circense e os moradores de uma pequena cidade do interior do Estado do Piauí.

    João Gramosa nos surpreende com um prosa fluída, interessante e muito bem construída, fazendo-nos apaixonar por cada pedacinho dessa fascinante, comovente e bela história.

    Eduardo Gusmão – Autor de Emboscadas.

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O Palhaço de Alaíde

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