As noites não são escuras como o dia

E as palavras que estão contidas aqui, são, por necessidade de ser.

O que são, já não posso dizer, pois também não tenho certeza.

E por falar em certeza, creio que a maior parte disso não passa de incerteza, como se nem mesmo as palavra conseguissem se decidir entre a vida e a morte.

É, em algumas instâncias a vida e a morte em constância, em guerra, em sangue puro… Poucas são às vezes que alguma delas, ganha esse jogo.

Talvez isso seja um tumulo. Um tumulo mediado pelo começo e pelo fim do começo, mas nada além do começo, ou talvez isso não passe de finais que nunca começaram e se começaram, nunca puderam acabar.

Quem sabe isso seja um cemitério inteiro, e por deus, cemitérios jamais poderiam existir se não existissem mortes, mas também não há mortes se não houver vida e onde há vida sempre haverá alguém mediando palavras que matam.

E quanto mais se morre, mais se cala. E quanto mais se cala, mais se fala sem ao menos dizer. E quanto mais se fala, mais se falta.

Detesto cemitérios, mesmo existindo um inteiro no meu peito…

E se todos os cemitérios me levaram a essas palavras, então que seja, pois no fim, a morte é a única existente, e estranhamente no início também e se há um pouco de vida nisso tudo, está na mediocridade do mediano e nossas palavras estarão eternamente o mediando.

Somos em todo o fim, em partes o início e eternamente o meio e o que estamos fazendo com ele diz muito sobre como iremos acabar.

E é assim que acabamos…

Sem nem ao menos ter começado.