Em busca da (Inter)Culturalidade: Relações Intrínsecas entre a Literatura e demais Representações Artísticas

Buscar o intercultural é um imperativo desde o pós-1960, para que haja favorecimentos ao diálogo entre culturas, saberes e pontos de intersecção. A grande mensagem dessa perspectiva é o combate ao isolamento do conhecimento e de quem produz cultura. O saber integra uma rede complexa de quem o produz e de quem o usa e deve estar, por natureza, inter-relacionado!
No âmbito deste e-book, abordaremos o saber literário e sua interseção com outras matrizes. O estudioso da cultura, ciente desta integração, deve ter a percepção aguçada para as relações intrínsecas entre a literatura e outras representações artísticas. Ao bebermos em várias fontes que se complementam, porque possuem pontos comuns, o ganho de conhecimento é consolidado.
É preciso estar atento para discernir como se dá o diálogo entre o literário e a filosofia, a sociologia, a história, a música, entre outros. Mais importante ainda é buscar esse diálogo de modo mutuamente produtivo, sem favorecimento de um em detrimento do outro, ou seja, sem usar o literário como pretexto de uma visão superficial de outras áreas. Cada par do diálogo precisa ter seu espaço de importância destacado na simbiose.
Essa pedagogia da aproximação entre saberes tende a ser profícua, quando a metodologia empregada favorece a percepção de complementariedade entre as fontes. A riqueza resultante pertence às duas estruturas que se permitem intersectar-se. Se isoladamente a literatura tem seu espaço de valor, imaginemos o que pode ser majorado disso na conexão com outras vertentes? Por isso a crença contemporânea no ganho de aprendizagem que estudiosos diversos da cultura podem ter a partir destas interações.
Essa é a perspectiva, caro leitor, com a qual trabalhamos em mais este trabalho: olhar para o literário e poder perceber com o discernimento necessário por quais outros caminhos o saber literário pode/sabe trilhar, de modo a enriquecer-se mutuamente.
Boa leitura e boas conexões!