PAHPA – Protocolo de Avaliação das Habilidades Preditoras da Alfabetização

A antecipação do ensino formal advinda da reestruturação do Ensino Fundamental, que em 2010 passou de 8 séries para 9 anos e as consequências da pandemia com início em 2020, num contexto de aulas online para o qual nem professores nem alunos estavam preparados, e que contradiz os princípios da mediação tão necessários para a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, escrita e da interação social, são alguns dos fatores que interferiram significativamente no processo educacional e que refletirão por muitos anos no desenvolvimento pedagógico dos alunos em qualquer idade.
Refletindo sobre esse contexto surgiu a ideia de elaborar um material para auxiliar professores, psicopedagogos, fonoaudiólogos e psicólogos a avaliarem as habilidades preditoras da alfabetização. As atividades apresentadas neste livro foram cuidadosamente selecionadas e podem ser utilizadas tanto com o objetivo de sondagem escolar, como para fins de intervenção clínica. À partir do momento que se tem compreensão do que a criança já sabe, fica mais fácil traçar metas e elaborar o planejamento, pois é possível definir, assertivamente, o ponto de partida e, consequentemente, monitorar seus avanços.
No contexto educacional, esse protocolo auxiliará o professor em duas vertentes:
1. Nos anos iniciais do ensino fundamental: quando deverá ser aplicado nos alunos no começo do ano escolar para verificar o nível acadêmico de cada um e refletir sobre os ajustes necessários para uma abordagem eficaz e igualitária do conteúdo proposto, considerando, sempre, o princípio da equidade.
2. Com os alunos publico alvo da educação especial: quando esse protocolo poderá servir de base documental para o registro das capacidades e inabilidades da criança, permitindo a justificar a necessidade de adaptações curriculares ou servindo como alicerce para a elaboração do Plano de Ensino Individualizado – PEI.
No contexto clínico, os dados obtidos com a aplicação desse protocolo, permitirão definir o ponto de partida da intervenção, que deverão considerar as questões orgânicas, familiares e os aspectos educacional envolvidos no caso.