Entre Lobos & Falcões

Um universo de magia, atemporal, nos leva a uma jornada heroica no tempo e na história, em uma luta épica por liberdade e justiça. Todo o enredo está imbuído de uma atmosfera, na qual, poderes ancestrais e magias antigas vibrarão em uníssono. Forças opostas e incompatíveis, dão às personagens a complexidade necessária para uma trama intrincada em que as personalidades malignas da história permanecem um pouco marcadas pela escuridão, enquanto as personagens do bem se vestem dos pensamentos mais nobres e humanistas. O herói, por sua vez, surpreende com sua personalidade múltipla e todos os aromas indescritíveis que lutam dentro de um ego que, por vezes, se desconecta da realidade. O narrador personagem, onisciente, procura, através de suas digressões e do diálogo direto com o leitor, revelar sua personalidade contraditória, frágil e resistente. Suas dúvidas e questionamentos, legítimos, não o desacreditam, ao contrário, o reforçam. Esta ambivalência e, esta, construção dolorosa, mas duradoura, é agradável de acompanhar, o que difere este enredo de certos romances do gênero, nos quais tudo cai nas mãos do herói com demasiada facilidade. Um cenário de magia, aliado, as elipses do tempo, certamente necessárias, quebram esse ímpeto, todos esses momentos que transformam o herói, para ajudá-lo a se tornar um humanista, capaz de proteger toda uma linhagem, repelir o vício e perpetuar a história. O coração do enredo é desmistificado ao final do primeiro livro da trilogia. Isso não diminui nosso desejo de continuar lendo. Os principais reveses, subtramas e reviravoltas na trama são fascinantes para uma história de viagem no tempo e luta contra o mal.